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síntese

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síntesesíntese
( sín·te·se

sín·te·se

)


nome feminino

1. [Gramática] [Gramática] Figura que consiste em reunir numa só duas palavras primitivamente separadas.

2. [Lógica] [Lógica] Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo; e, em matéria de raciocínio, do princípio para as consequências. (Opõe-se à análise.)

3. [Por extensão] [Por extensão] Toda a operação mental pela qual se constrói um sistema.

4. [Literatura] [Literatura] Operação que consiste em formar a resenha da peça literária que se tem em mente.

5. [Figurado] [Figurado] Resumo.

6. [Matemática] [Matemática] Demonstração das proposições pela única dedução daquelas que já estão provadas até chegar àquela que se quer estabelecer.

7. [Cirurgia] [Cirurgia] Reunião das partes divididas ou separadas.

8. Operação ou emprego de meios terapêuticos com o fim de reunir as partes divididas ou de restituir ao estado primitivo aquelas que haviam sido deslocadas.

9. [Farmácia] [Farmácia] Arte, acção ou processo de compor os remédios.

10. [Química] [Química] Operação pela qual se reúnem os corpos simples para formar os compostos, ou os compostos para formar outros de composição ainda mais complexa.

11. Recomposição de um corpo com os elementos que haviam sido separados pela análise.


síntese de continuidade

Reunião de partes acidentalmente divididas.

etimologiaOrigem etimológica:latim synthesis, -is, mistura, composto, serviço de pratos, conjunto de roupa, do grego súnthesis, -eos, composição, combinação, junção.

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Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Na frase Estás em casa?, ao respondermos Estou, sim, a vírgula deve aparecer na resposta ou não? Outro exemplo: Queres? e a resposta: Quero sim.
Segundo alguns gramáticos, como Celso Cunha e Lindley Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 646), a vírgula deve ser usada em frases curtas deste tipo, sendo uma forma de realçar a resposta afirmativa (já contida nas formas verbais estou e quero) à questão colocada. De facto, as frases são afirmativas quando não têm uma partícula de negação; o advérbio de afirmação sim não está, por isso, a modificar directamente o verbo, como estariam os advérbios destacados em frases como Não estou ou Quero urgentemente, sendo antes usado como forma de enfatizar ou intensificar toda a oração.